Jukebox: Lynyrd Skynyrd – Devil in a bottle
Ancorado na cadeira, com a cabeça trabalhando a dois kilometros por hora sem saber oque fazer ou oque dizer para todo mundo estava meu corpo sujo e surrado pelos dias quentes daquele acampamento, talvez dentro dele, minha alma relutante de tanta calmaria tentava achar uma maneira mais fácil de conversar com aquela pessoa a sua frente que dizia sem parar coisas estranhas e desconhecidas, reparava sempre em seu cabelo sujo, aqueles dreads que não eram lavados a anos estavam horríveis, estavam horríveis eu pensava, resolvi me levantar e me escorar no balcão de madeira, o lugar era agradável, com uma decoração rústica, havia selas de cavalo penduradas na parede juntamente com rédeas e outros objetos do campo, da roça, enfim, havia uma galera genial nesse buteco a essa hora da madrugada e o bom de butecos abertos na madrugada a fora e que você sempre encontra pessoas legais e muito divertidas e todo o papo rola com uma naturalidade de dar inveja aos psiquiatras do mundo inteiro, em um instante você esta chegando no local e em outro já esta conversando com todo mundo ao mesmo tempo em uma sintonia maravilhosa e a conversa flui em alta velocidade, copos de variadas espécies eram colocados em minha frente a todo momento para serem bebidos de um só vez, e o tiro era certeiro, eu virava cada copo sem deixar qualquer gota, e em meio a musica alta e as pessoas falando em voz alta eu escuto o chamado, Carlos Caseiro vamos fumar um baseado?
Eu aceito de imediato.
A noite estava acabando, mas o dia ainda não havia nem começado.
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