Friday, July 31, 2009

Debaixo do chapéu meu corpo anda em passos longos e apressados, acompanho com os olhos no chão a minha sombra silenciosa, nascer e morrer a cada poste em cada esquina vazia, a luz se afasta levando consigo não somente a claridade, mas também a lucidez dos meus pensamentos, como uma criança com medo do escuro e a cada passo mais distante da luz no alto do poste, a cada olhar solitário pra lua, me lembro que faz tempo que não choro, as lagrimas foram engolidas pelo silêncio, e abafadas pelo cigarro. Eu só tinha um sonho, um sonho branco e macio, enorme quase gigante, e eu também queria realizar esse sonho meu, mas me vendo agora a andar apressado pela noite com medo do escuro eu me pergunto em que parte do caminho eu me perdi, onde eu me desviei e caminhei para a escuridão, deixando de lado tudo que eu via de bom nesse sonho, e eu só queria ser grande, quase um gigante.

A derrota tem meu nome, e a vergonha tem meu rosto.

Pouco a pouco eu vou me acabando.

Até que não agüento mais.

E é meu fim.

Como sombra.

Que morre a cada esquina vazia.

Mas que renasce a cada luz de cada poste na calçada.

E a cada passo dado por mim, na vontade totalmente minha, eu levo minha sombra pra morrer outra vez. Longe da luz.

Tuesday, July 14, 2009

Hold on.

Diga que um simples sorriso é um olhar platônico
Como ele se afoga em uma capacidade incompleta
É um estranho para todos quando o sentimento chama
Como nos afogamos numa audácia estilística
Carregada de lugares comuns
Toda vez, toda vez, toda vez
Vivemos numa gravidade

Balançamos! nós balançamos tão forte
Como rimos tão alto
Quando alcançarmos isso acreditaremos na eternidade
Eu acredito na eternidade.