Monday, January 21, 2008
Meu corpo te pertence
Nisso talvez concordamos
Porque foi feito um para o outro
Eu e você
Seus olhos
Meus olhos
Tua boca
Teu seio
Seu gemido baixinho no meu ouvido
Nosso suor
É tudo tão certo como o dia que sempre nasce
Vou te conquistar
Vou entrar
Não vou mais sair
Da nossa cama na floresta
Aonde nossos gritos não podem ser ouvidos por mais ninguém
Aonde o tempo parece ir devagar
Como num sonho
Nossos sonhos
Beijar cada pedacinho de você
Fazer amor bem devagarzinho
Te dar arrepios ainda maiores
Te fazer gemer ainda mais alto
E te fazer ainda mais feliz
Ver teu corpo gozar sobre o meu
Continuar com nossos jogos
E levar nosso amor adiante
Porque eu não quero só você
Quero tudo que é teu
E te dou tudo o que é meu
Monday, January 14, 2008
Você se levanta
Já de mau humor
Ainda com sono
E com vontade de deitar
Prepara um café amargo
Come um pão antigo
Engole rápido e mastiga pouco
Caminha por entre os pombos
Tenta não pensar em nada
Sente o vento gelado da manha
E tira alguns cigarros do bolso
Se senta no banco da praça
Espera a espelunca abrir
Deseja mal a alguém
Se arrepende logo em seguida
O bar não abre
O cigarro acaba
Os pombos te deixam só
E você se sente uma merda na calçada
Ao voltar pra casa
Percebe que é tudo mentira
Tudo o que lhe ensinaram
E que existe apenas uma verdade
Que ninguém sabe ao certo
Que você nem imagina
Mas que te guia todos os dias
Que te leva até a morte
E te abandona no momento crucial
Como seu pai
Que soltou a bicicleta sem você perceber
Mais você não caiu
Ou você caiu
Depende se você está pronto
Se tem medo da queda
Se não gosta do chão
Ou se gosta do ar
Você cai
Levanta?
Tenta de novo?
Aprende enfim a equilibrar-se
Aprende enfim a chorar
Esquece como se sofre
Esquece das mentiras
Se concentra somente na verdade