Tuesday, December 19, 2006

se você tivesse me perguntado eu teria falado a verdade
a verdade por traz de tudo
mas você nunca me perguntou
e eu nunca me preocupei mesmo em dizer
bom. mas de qualquer maneira ela esta aí
pode se lambuzar dela

todos aqueles tombos
todas aquelas sarjetas
copos vazios que brindavam
aquelas risadas exageradas
era tudo real

e nós sempre sonhamos novamente
no outro dia de tarde
voltamos a sonhar
alucinados pela verdade
embriagados pela televisão
nos tira todos os dias a nossa dose de loucura
e a minha parte da viajem
e eu fico no mesmo lugar
barreiras foram feitas para serem quebradas


Oh meu deus! o que estávamos fazendo? eu não sabia mesmo.
andando na rua como loucos perturbados, bêbados demais
alegres de mais, e nos movendo devagar demais
centro da cidade, umas sete horas da manha, aquelas ruas
estavam começando a se encher de gente, dali a pouco haveria carros trafegando
e nos estávamos bêbados rolando nas ruas de asfalto, rindo como se estivéssemos
em casa, sendo olhado pelas pessoas que trabalhavam nas primeiras horas da manha.
eu quase podia tocar a minha alucinação...era tão real que chegava a ser a melhor
mentira do mundo...
tudo aquilo, a feira, o pastel, a garçonete rindo de nossos devaneios, os mosquitos rodeando meu corpo surrado, tudo se encaixava de uma maneira muito estranha, era aquele caos? talvez, mas era delicioso, eu transbordava a álcool e felicidade
os amigos se olhavam desconfiados, quem estava mais bêbado? difícil saber e eu
ainda havia de trabalhar dali algumas horas, iria chegar bêbado no serviço, novamente.
talvez pudesse ser demitido, talvez seja isso mesmo o que eu queira, e olha que
eu não quero muitas coisas, mas de uma coisa eu sei, a verdade está tão a
vista como o céu ou o cu de uma puta pobre, e é tão estranha como o céuou o cu de uma puta pobre